Manuel de Paredes da Costa, o Velho

PROCESSO DE MANUEL DE PAREDES

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Respondeu a Mesa da Inquisicao, aquando da Visitacao do Santo Oficio ao tempo de Heitor Furtado de Mendonca, na Bahia. Ele recebeu duas denuncias, uma em 29 de julho de 1591 por blasfemias proferidas em casa de sua sogra Catarina Lobo, foi qualificado como lavrador, que antes fora mercador, comprido e seco de corpo, foi denunciado tambem pela sua sogra Catarina Lobo, em 21 de agosto de 1591. Ela disse ser crista-velha, natural de Setubal, filha de Henrique Lobo e de Isabel de Reboredo, ja' defuntos, de 50 anos, mulher de Andre Monteiro (havia sido seu primeiro marido, Gaspar de Barros. Ela foi qualificada como uma "das orfas que El-Rei D.Joao mando a este Brasil". Disse que o seu genro era cristao-novo.

Em sessao de 21 de julho de 1593, sendo chamado, Manuel de Paredes disse que nao tinha culpas a confessar, que era muito bom cristao, que as pessoas que o acusaram eram suas inimigas, na sessao de genealogia diss eque nao sabia se era cristao-novo ou nao, mas julgava que sim, era natural de Lisboa filho de Agostinho de Paredes, alfaiate, o qual havia tirado por algum tempo, esmola por Lisboa para os presos da Inquisicao, do carcere das escolas gerais, e de sua mulher Violante da Costa, os quais entendia que eram cristaos-novos, nao por lhos dizer, mas por ouvir dizer.

Inquisição: Prisioneiros do Brasil séculos XVI a XIX, de Anita Waingort Novinsky- Editora Perspectiva S/A - 2009 pagina 141 processo 11071 Inquisição de lisboa. Preso em 1593. Natural de Lisboa, Portugal. Morador na Bahia,

Filho de Agostinho de Paredes e Violante da Costa.

Casado com Paula de Barros.

Mercador, crime proposições heréticas, penitencias espirituais

auto de fe em 1593.

JABOATÃO, A. DE S. M. Catálogo genealógico das principais famílias: que procederam de Albuquerques, e Cavalcantes em Pernambuco, e Caramurus na Bahia, tiradas de memorias, manuscritos antigos e fidedignos, autorizados por alguns escritores, e em especial o Theatro Genealógico de D. Livisco de Nazáo Zarco e Colona, aliás Manoel de Carvalho de Atahide, e acrescentado o mais moderno, e confirmado tudo, assim moderno, como antigo com assentos dos livros de baptizados, cazamentos, e enterros, que se guardam na Camara Ecceziastica da Bahia. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, tomo LII, parte 1, 1889.