Alguns equívocos estão sendo feitos no perfil de Januário Garcia Leal, "O Sete Orelhas".
Ele só teve uma mulher e um filho (testamento em https://lageshistorica.blogspot.com/search/label/Janu%C3%A1rio%20Ga...).
Colocaram como mulheres dele (a mulher de Januário Garcia Leal, Sobrinho), Ludovina Maria Garcia Leal (com nome do marido?) e Miquelina Delfina de Jesus.
E o pior, com confirmações do errático MH (sempre com informações absurdas).
Oi Ana
Não posso provar, mas na minha opinião Miquelina Delfina de Jesus não é filha de Januário. Miquelina é citada em fontes de Casa Branca como ilhoa e filha de José da Rosa Machado e de Maria Delfina do Rosário. E ainda na minha opinião Miguelina junto com o Higino (filho do Januário, 7 orelhas) são pais do Ildefonso e do José Batista. Miquelina com certeza é a mãe dos 2, mas apenas eu acho que o pai dele é o Higino.
Quanto a Ludovina esta casou com outro Januario, que é filho do João (escalpelado e irmão do 7 orelhas)
Um abraço Jackson
Até Petroucic dá Miquelina como esposa do Sete Orelhas.
https://www.genealogieonline.nl/de/petroucic-genealogy/I368991.php
Tem muita coisa esquisita no texto sobre o Januário. Não é a tradicao oral que conta que ele morreu em um acidente na porteira, em Lages, mas um documento recentemente descoberto.
Também é esquisita a história que ele teria sido um desafio à Coroa portuguesa. Já li uma vez que a história toda de caçar os 7 assassinos é lendária (no sentido de inventada, sem fundamento algum na realidade).
Ildefonso Garcia Leal nasceu cerca de 1825 , ele diz em seu testamento ser em Mogi Mirim. Seu irmão José Batista Garcia Leal, nasceu por volta de 1722. Ambos são filhos de Michelina (nome de batismo) , nascida em 9/8/1797 nos Açores e de pai incógnito.
Que são filhos de algum Garcia Leal, não resta dúvida. Respeito quem defende o tese de que Januário não faleceu em 1808 em Lages e que tudo seria uma forma dele ser esquecido e parar de ser procurado pelas autoridades .
Que ele , seu irmão Salvador e Mateus Luís Garcia foram procurados pelo governo é fato verídico e os documentos podem ser encontrados no Arquivo Ultramarino. Quanto às 7 orelhas cortadas, não há nenhum documento que comprove esse fato, mas que fizeram alguns crimes não resta dúvida.
Januário pode ter sido assassinado ou a morte pode ter sido mesmo num acidente na porteira. Como ele nasceu por volta de 1761, então ele teria que ter se juntado com Michelina, que seria 36 anos mais nova que ele. Assim o casal teria os 2 filhos por volta de 1822/5.
Higino usava o nome Igino e estava vivo em 1835, pois é citado pelo projeto compartilhar no inventário de Celiria Rosa de Jesus.
Quanto ao Roberto Petroucic, ele é o melhor pesquisador que conheço, Mas ele também não tem a certeza de que Michelina era a 2ª mulher de Januário.
Eu acho que o marido da Michelina era o Igino, mas deixar como sendo o Januário é aceitável, pois este é o pai do Igino e acaba dando de certa forma a mesma genealogia.
Enfim, quem sabe um dia alguém ache algum documento que esclareça melhor esses fatos