Irmãos Borges Leal no Piauí

Started by Private User on Wednesday, September 14, 2016
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Transcrevo a seguir conteúdo histórico retirado do sítio www.familialuz.com.br , que traz à tona a vida de Felx Borges Leal, possível ancestral de minha avó materna, Adália de Oliveira e Silva.

Por volta de 1712, os irmãos Borges Leal vieram de Portugal para a Bahia e tempos depois, na década de 1740, chegaram ao Piauí, trazendo escravos e gado e ocupando grandes áreas de terras, localizando-se Antônio Borges Leal Marinho na região que atualmente fica a Bocaina-PI, casando-se com Maria da Conceição Pereira de Sousa Brito. Albino Borges Leal Marinho ficou na região de Piracuruca-PI., especificamente onde hoje está Buriti dos Lopes-PI, e Francisco Borges Leal Marinho ficou na região de Inhamuns, estremo do Piauí com o Ceará.
Já nos meados do século XVIII, um dos filhos de Francisco Borges Leal Marinho, de nome Félix Borges Leal, chegou à região de Picos-PI e se apossou de grandes áreas de terras, fundando ali uma de suas mais importantes fazendas, denominada “Fazenda Curralinho”, situada em férteis várzeas, propícias para a agricultura e pecuária, onde hoje é localizada a cidade de Picos, às margens do Rio Guaribas e cercada por montes Picosos que inspiraram a denominação de PICOS. O Rio Guaribas tem seu nascedouro na Fazenda “Canavieira”, que fica localizada entre Picos e Valença do Piauí. Seus afluentes são o Rio Itaim e o Riachão, recebendo também água de muitos riachos em seu percurso. Já abaixo da cidade de Oeiras, o Rio Guaribas junta-se ao Rio Canindé. Pelos benefícios proporcionados aos moradores de Picos, o Rio Guaribas recebeu o cognome de “Pai de Picos”.
Depois vieram outros Borges Leal, que se juntaram aos onze filhos do desbravador Félix Borges Leal e foram povoando o núcleo que hoje compreende o município de Picos. Em virtude de suas terras férteis, oferecendo boas condições para todo o gênero de criação e plantação, outras pessoas também foram atraídas, especialmente de Pernambuco e da Bahia, tais como negociadores, que ali realizavam bons negócios de compra e venda, inclusive de cavalos. Muitos deles acabaram por fixar residência no local, contribuindo para o crescimento do aglomerado urbano e conseqüente incremento das atividades econômicas na região.
O processo de povoamento dessa região deveu-se ao desdobramento da Fazenda Curralinho por outras fazendas instaladas na região, proporcionando maior impulso no crescimento do povoado.
Os descendentes de Félix Borges Leal: Simão Borges Leal, Sebastião Borges Leal e ainda Manoel de Moura Fé, que se casou na família Borges Leal, e outros edificaram a primeira capela da localidade, em 1828, em homenagem a São José, recebendo a denominação de “São José das Botas”, em virtude da devoção dos vaqueiros da região, pois a sua representação fazia-se com uma vestimenta de vaqueiro.
Tempos depois, o Padre João Hipólito de Sousa Ferreira, observando que a capela tornava-se pequena para o número de fiéis que vinham exercer sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus, resolveu fazer uma reforma na capelinha, em acordo firmado com a comunidade local, tendo como “mestre de obra” Dona Sinharinha Monteiro. Depois de concluída, passou a ser chamada de Capela do “Sagrado Coração de Jesus”.
Alguns anos depois, o Coronel Victor de Barros Silva encomendou uma imagem de Nossa Senhora dos Remédios, em cumprimento à promessa de seu vaqueiro João das Dores, para que seu filho e o filho do patrão voltassem sãos e salvos da guerra da Balaiada, que ocorreu no Maranhão, de 1838 a 1841, para a qual foram sob o comando do Capitão José Francisco Fontes.
Essa imagem de Nossa Senhora dos Remédios, que veio de Portugal para a Bahia, custou a importância de $40,000 (quarenta mil reis), valor da venda de dez vacas paridas, e foi conduzida de Salvador até Picos por um escravo que recebeu como prêmio a alforria, chegando naquela cidade na tarde do dia 31 de dezembro de 1847. Logo no dia 1º de janeiro de 1848, a imagem foi benta pelo Padre cearense Francisco de Paula Moura, primeiro sacerdote de Picos.
O povoado de Picos alcançou adiantado estágio de desenvolvimento e foi elevado à freguesia, no Governo do Conselheiro Saraiva, sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios, por meio da Resolução Civil nº 308, de 11 de setembro de 1851, pois já havia grande devoção à sua veneranda imagem naquela época. A sede da freguesia foi a Capela de “São José das Botas”. A freguesia de Nossa Senhora dos Remédios foi canonicamente reconhecida pelo Bispo do Maranhão, Dom Manoel Joaquim da Silveira, em 2 de janeiro de 1854, tendo como primeiro vigário o Padre José Dias de Freitas, que tomou posse em 7 de maio de 1854.
Com o crescimento constante da freguesia, Picos foi elevada à categoria de vila por intermédio da Resolução Provincial nº 397, de 20 de dezembro de 1855, cuja instalação oficial se deu apenas em 3 de julho de 1859. Nesse mesmo ano de 1859, com a Lei Provincial nº 468, o Distrito Judiciário de Picos foi desmembrado da Comarca de Oeiras, sendo anexado à Comarca de Jaicós.
Por desligamento de Jaicós e juntamente com o município de Patrocínio (atual Pio IX) foi então formada a Comarca de Picos, criada por Decreto de 28 de dezembro de 1889 e instalada pelo seu primeiro juiz, Dr. João Leopoldino Ferreira, e pelo primeiro promotor público, Coronel Josino José Ferreira, membros da mesma família.
No ano de 1871, o Padre Dr. José Antônio Maria Pereira Ibiapina (Frei Ibiapina) construiu em apenas noventa dias a Igreja da Padroeira de Picos. A imagem de Nossa Senhora dos Remédios, em festiva procissão, com grande acompanhamento, foi levada da Capela São José para o seu templo, pelo Frei Ibiapina, como era popularmente conhecido aquele venerando apóstolo dos sertões nordestinos. Os sinos da Igreja foram doados naquele mesmo ano pelo fazendeiro Justiniano Antônio de Macedo.
A vila de Picos foi elevada à categoria de cidade por meio da Resolução nº 33, de 12 de dezembro de 1890, assinada pelo então chefe de Governo Estadual, João da Cruz e Santos, o Barão de Uruçuí, desmembrando-se do Município de Oeiras-PI.
O município de Picos, na Divisão Administrativa de 1911, aparecia com um só distrito, o da sede. Já na Divisão Administrativa de 1933, o município apresentava-se com dois distritos, Picos e Patrocínio, voltando a ter um único distrito a partir de 1936, situação que permanece até hoje.
Naquela época, como ainda era muito singela a nossa cidade de Picos!
Casas pequenas e modestas, muitas com jardins na frente e árvores frutíferas no quintal. Era costume criar galinhas, porcos e outros animais. Cidade tranqüila e pacata. Não havia veículos. O meio de transporte era a utilização intensa de animais para condução de cargas, para viagens e passeios.
Havia uma identificação harmoniosa entre os moradores, pois todos se conheciam muito bem. Havia o costume de as famílias sentarem-se às calçadas à tardinha, para o início da noite. Não havia luz elétrica e a iluminação era feita por lamparinas a querosene ou velas de cera de carnaúba. As noites de luar eram sempre bem vindas e agradáveis. A água que se bebia era carregada por jumento em carga de duas ancoretas ou pelos próprios botadores d’água, que usavam duas latas penduradas nas extremidades de um pau que eles levavam sobre os ombros para apanhar água no rio Guaribas, que também servia para os animais beberem e onde eram lavadas as roupas das famílias e ainda se tomavam os banhos, tanto por crianças como por adultos, condições que permaneceram dessa forma por muitos anos.
Fato marcante na história do Nordeste foi a passagem, nos anos de 1925 e 1926, da Coluna Revolucionária de Luiz Carlos Prestes (os conhecidos Revoltosos) e das Tropas Legalistas, que vinham atrás perseguindo esses revoltosos, atemorizando toda a região com as mais adversas truculências. Em Picos, tanto os Revoltosos como as Tropas Federais passaram em janeiro de 1926 e não causaram maiores problemas, em virtude da habilidade do Prefeito (Intendente) Francisco de Sousa Santos que, com seu espírito tranqüilo e conciliador, conseguiu amenizar a situação, dando segurança à família picoense.
O primeiro automóvel a rodar pelas ruas de Picos, em 1922, pertenceu ao senhor José Raimundo e as pessoas saiam de suas casas para admirar a novidade. Depois, todo mundo queria andar no carro, e as pessoas que podiam, passavam a pagar para andar com a família. O primeiro automóvel comprado em Picos foi em 1925, pelo Coronel Francisco de Sousa Santos, que também instalou, em 15 de fevereiro de 1928, a primeira luz elétrica da cidade, pública e domiciliar, das 18 às 21 horas, cujo motor foi comprado em Juazeiro do Norte-CE e funcionava como uma caldeira a vapor de 36 HP, à base de lenha, e um gerador de 30 KVA, produzindo uma energia fraca.
O apelido da caldeira da usina, colocado pelos moradores, era “panela velha”. O operador chamava-se Pedro da Usina.
Como a Prefeitura não tinha dinheiro suficiente para a compra do motor, o próprio Coronel o financiou, com recursos próprios. Em 1951, foi inaugurada uma usina a óleo diesel, melhorando a iluminação e a duração do fornecimento de energia, que foi estendida até às 23 horas.
Somente com a Barragem de Boa Esperança (atual Castelo Branco), construída no rio Parnaíba (município de Guadalupe-PI.) e incorporada à Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), em 1973, foi desativada a usina a óleo diesel. A Companhia Energética do Piauí SA (CEPISA) foi instalada, em 1968, em Picos.
Passados mais de 154 anos de sua chegada a Picos, durante várias gerações, a imagem querida de Nossa Senhora dos Remédios continua venerada pelos devotos filhos picoenses, que nunca a esqueceram e que a Ela recorrem em todos os momentos.
É importante registrar a coragem e a determinação do Padre José Ignácio de Jesus Madeira (Padre Madeira), Pároco de Picos, em iniciar e concluir a grande obra de construção da nova Matriz, no lugar da velha, no decorrer dos anos de 1948 a 1960.
Tudo isso só foi possível pelo carisma muito forte que o Padre Madeira tinha junto aos picoenses. Foi construída em estilo gótico, com altares de mármore e vitrais de rara beleza arquitetônica, no centro da cidade, tornando-se marco importante e de destaque na paisagem de Picos, pelo que se constitui no cartão de visita do Município, sendo considerado o mais belo templo do Piauí. Sobre todos os aspectos, a Catedral de Picos é monumental e está incluída entre os maiores templos católicos do Nordeste.
O maior acontecimento religioso na história de Picos aconteceu no dia 22 de outubro de 1953, quando ocorreu a visita da imagem de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal, em sua primeira peregrinação pelo Brasil. O Arcebispo de Teresina, Dom Avelar Brandão Vilela, esteve presente e fez sermão emocionado no início da noite, diante da multidão de pessoas aglomeradas na praça Frei Ibiapina, ao lado da frente da Igreja Matriz, com a maior quantidade de pessoas já vista na cidade.
Em uma evocação no sermão, Dom Avelar fez comparação da quantidade de pessoas com os corações ardentes cheios de fé ali presentes como as tantas estrelas que brilhavam intensamente, iluminando o céu naquele momento, acenando com as mãos para o alto, no que foi acompanhado pelos olhares atentos de toda a multidão.
Outro aspecto importante a destacar em Picos, com envolvimento entusiástico da sua população, foi a Copa Mundial de Futebol, realizada em 1958, na Suécia, em que o Brasil consagrou-se campeão mundial pela primeira vez, e quando Pelé teve sua primeira participação ativa, sendo o jogador mais jovem a ganhar uma Copa, com apenas 17 anos.
Nessa Copa, o nosso jogador Bellini imortalizou o gesto de levantar a taça com as duas mãos acima da cabeça, para todas as pessoas presentes verem, cujo ato vem sendo seguido até hoje e que, com os recursos televisivos, é visto por todo o mundo, como foi o caso agora da Copa Mundial de Futebol de 2002, com o pentacampeonato obtido pelo Brasil, ocasião em que o Capitão Cafu, da Seleção Brasileira, levantou bem alta a taça para todo o mundo ver.
O autor deste livro, estudante do Ginásio na Copa Mundial de Futebol de 1958, observava como era interessante o comportamento das pessoas e participava também de toda a movimentação, pois onde houvesse uma pessoa com um radinho, ali estavam inúmeras outras pessoas ao redor, para ouvir atentamente a transmissão dos jogos e explodir, numa efusão de alegria, a cada gol do Brasil!
Nos horários dos jogos, muitas pessoas dirigiam-se à Praça Getúlio Vargas, localizada no centro da cidade, onde era costumeiro colocar um rádio maior no coreto da praça, a toda altura, e as pessoas, aglomeradas ao derredor, ficavam a ouvir as transmissões dos jogos e, vez por outra, iam ali ao lado, nos bares, para tomar uma e outra bebida, e quando o gol do Brasil acontecia, aí então eram gritos, pulos e abraços de alegria e contentamento, diante dos feitos alcançados pelos bravos jogadores da Seleção Brasileira, conseguindo uma primeira vitória de ordem mundial no futebol, o que foi motivo de grandes manifestações populares em todo o País, em cujas comemorações, a cidade de Picos estava inteiramente sintonizada, demonstrando o seu espírito cívico de brasilidade, em perfeita integração com o Piauí e com o Brasil.
Com o passar dos anos, iam aumentando as dificuldades para a obtenção de água, na cidade de Picos-PI, sobretudo no período da seca, e essa situação passou a ser preocupação do Prefeito Helvídio Nunes que, inicialmente, resolveu construir uma barragem no Rio Guaribas, em busca de uma solução para o problema da falta de água.
O projeto foi submetido à Câmara de Vereadores e o seu Presidente, José Batista, achou a obra faraônica, entendendo que havia o risco de destruição da lavoura de alho, rejeitando o projeto. O prefeito Helvídio Nunes, então, buscou outra solução, resolvendo perfurar poços e instalar motores para puxar a água, cujo primeiro poço foi perfurado em maio de 1958, na Rua São Pedro, e o segundo poço na Rua do Cantinho e, logo no ano seguinte, começaram as instalações de canos para a distribuição de água às residências. Na cidade de Picos, embora o número de poços seja considerável, o lençol freático resiste, sem sinais de desabastecimento.
A população de Picos-PI, em sua história, já sofreu situações catastróficas, com chuvas intensas, provocando grandes enchentes do Rio Guaribas, com suas águas transbordando, alagando as suas margens e atormentando cruelmente as populações ribeirinhas, sobretudo a população da própria cidade, com prejuízos incalculáveis.
A primeira grande enchente de que se tem notícia ocorreu nos dias 18 e 19 de janeiro do ano de 1861. Uma segunda enchente, em menor proporção, aconteceu no ano de 1904. Uma terceira grande enchente verificou-se em março de 1960, ocorrendo uma grande catástrofe, pois foram várias enchentes repetidas nos dias 9, 14, 18, 20, 23, 25, 26, 27, 28, 30 e 31 desse mês. Ocorreram mortes de pessoas, de animais, perdas de lavouras, destruição de residências, deixando muitas pessoas desabrigadas. Para se ter uma idéia mais precisa dos prejuízos sofridos, basta dizer que um proprietário em particular, o senhor Mestre Abraão, viu 111 de suas casas desabarem, ou seja, vilas inteiras.
Criada a Diocese de Picos, por Ato do Papa Paulo VI, em 20 de novembro de 1974, foi a Matriz elevada à categoria de Igreja Catedral de Nossa Senhora dos Remédios, em 21 de setembro de 1975. Depois, em 15 de agosto de 1976, o então Núncio Apostólico no Brasil, Dom Carmine Rocco, consagrou a referida Catedral, que antes fora benta por Dom Edilberto Dinkelborg, então Bispo de Oeiras.
O primeiro Bispo de Picos foi Dom Augusto Alves da Rocha, que ficou por mais de 26 anos, havendo tomado posse em 21.09.1975 e saído em 29.12.2001. Em 2002, Picos estava sem Bispo, tendo como administrador diocesano o Padre Francisco Bezerra Neto.
Os Padres da Paróquia de Picos que prestam assistência religiosa aos fiéis de todo o município são: Francisco Bezerra Neto, David Ângelo Leal, Ferdiran Fontes Mendes, Flávio de Sousa Santiago, Sebastião Francisco dos Santos (também Reitor do Seminário Menor de Picos), José Frazzani, Manoel Antônio de Moura (Bairro São José), Mauro Bianchi (Bairro Junco). Ainda pertencendo à Diocese de Picos, temos os Padres: José Albino de Carvalho Mendes (Ipiranga do Piauí), Francisco Pereira Borges (Jaicós), David de Sousa Barros (Monsenhor Hipólito), Antônio Mendes Neto (Simões), Adauto Vieira dos Santos Filho (Fronteiras) e Gregório Leal Lustosa (Paulistana).
A cidade de Picos conta ainda com o Seminário menor São José, da Diocese, criado em 17 de março de 1992, já tendo sido Reitores o Padre Hermeto Mengarda em 1992, o Padre Francisco Pereira Borges, em 1993, o Padre José Frazzani, de 1994 a 2000, e, a partir de 2001, o Reitor está sendo o Padre Sebastião Santos, já havendo recebido sua formação no próprio Seminário.
A área territorial inicial definida pelas Divisões Administrativas para o município de Picos era da ordem de 4.756 Km2 e permaneceu incólume por muitos anos.
Entretanto, pela necessidade imperativa de atender melhor as populações, aglomeradas em comunidades que se vão evoluindo e exigindo maiores atenções do poder público, começou o município de Picos a perder território para a formação de outros novos municípios, tais como o município de Itainópolis, pela Lei Estadual nº 925, de 12 de fevereiro de 1954, seguindo logo depois o município de Monsenhor Hipólito, que recebeu independência pela Lei nº 1.445, de 30 de novembro de 1956, e o município de Francisco Santos, que foi desmembrado pela Lei Estadual nº 1.963, de 09.09.1960.
Mais tarde, os municípios de Santo Antônio de Lisboa, Bocaina e São José do Piauí receberam autonomia, respectivamente, pelas Leis de nos 2.560, 2.561 e 2.562, todas do dia 19 de dezembro de 1963.

Em 1988, mais um município, o de São João da Canabrava, foi desmembrado do município de Picos, pela Lei nº 4.192, de 11.04.1988. Depois, foi desmembrado o município de Santana do Piauí, pela Lei nº 4.4.77, de 29.04.1992, e, em 1994, mais os municípios de Geminiano e de Paquetá foram também criados, sendo instalados oficialmente, todavia, em 1997, com a posse dos seus primeiros governantes, eleitos nas eleições de 1996, ficando o município de Picos, depois de todos esses desmembramentos para constituição de novos municípios, com a área de apenas 816 Km2.

Acrescento informações históricas da cidade de Picos, no Piauí, obtidas no sítio do IBGE:

Picos
Piauí
Histórico

No Século XVIII, o português Félix Borges Leal, vindo da Bahia, instalou no local, a
Fazenda Curralinho, às margens do rio Guaribas, região considerada excelente, para agricultura e
criação de gado.
Com o decorrer dos anos, foram chegando vários parentes de Borges Leal que, juntamente
com seus 11 filhos, iniciaram o núcleo populacional que deu origem à cidade de Picos, topônimo
devido ao aspecto montanhoso da localidade.
As boas condições do solo, atraíam compradores de Pernambuco e Bahia, que ali realizavam
bons negócios. Muitos deles acabaram por fixar residência no local, contribuindo para o
crescimento do aglomerado urbano.
Em 1828, por iniciativa dos descendentes de Borges Leal, foi edificada a primeira capela,
inicialmente, com o nome de São José e, mais tarde, de “Coração de Jesus".
Com adiantado estágio de desenvolvimento, foi a povoação elevada à categoria de Freguesia,
sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios, em 1851, e o seu território desmembrado de
Oeiras. O progresso continuou, sendo a Freguesia elevada à categoria de Vila, em 1855. Cinco anos
depois, ganhava categoria de Cidade.

Acrescento ainda registro de um fórum do Orkut (http://orkut.google.com/c4786190-t81b633627f789ad.html)

Origens - 5 respostas.
Reginaldo משה Ramos de Lima - 15 de fevereiro de 2008 - denunciar abuso
Origens
É consenso, entre os historiadores, que os Borges Leal são oriundo do casamento entre João Borges Marinho (ou Marim) de Britto e Anna de Souza Britto. Este casal teve os seguintes filhos:

01. Antônio Borges Marinho de Britto, casado com Maria da Conceição Borges Leal, chega em 13 de maio de 1732, em Bocaina.
02. Antônia Borges Marinho de Britto, residência em Ipueiras, Ceará.
03. Albino Borges Marinho de Britto, residência em Tauá, Ceará; depois migra para Piracuruca, Piauí.
04. Francisco Borges Marinho de Britto, residência em Buriti dos Lopes.
05. Gonçalo Félix Borges Leal de Britto, residência em Picos.

Estas informações constam no site sobre a história do município de Bocaina, Piauí.
Consta ainda que João Borges Marinho de Britto chega em Oeiras, em fins de 1760. Ele era tenente coronel de arma de cavalaria do exército português.

Não se sabe se o sobrenome Leal é originário da família ou foi colocado em homenagem a algum padrinho.
Sabe-se que Pedro Barbosa Leal, sertanista, filho de Pedro Barbosa Leal e Mariana de Espinosa, era muito amigo de Antônio Borges Marim. Ambos são originários da Bahia e Sergipe.

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