Andei "fuçando" em Projetos de outros países e ainda não fiz a lição de casa de ler as instruções dos critérios do Geni, então.... Encontrei duas situações que gostaria que - se puderem - me esclarecessem:
1 - Quando não há perfil no Geni de uma pessoa citada, eles usam os dados do wikipédia, com a observação entre parênteses (temporary);
2 - Muitos projetos não listam na página os perfis, eles somente adicionam os perfis ao projeto. O que, na minha humilde opinião, cria um obstáculo ao pesquisador que necessita procurar nos perfis adicionados a pessoa que ele quer encontrar. Isto não acontece nos projetos brasileiros. Isto é comum nos Projetos do Geni? Ou isto pode acontecer?
Só para informar, usando o critério do (temporary), andei acrescentando nos projetos americanos, alguns ditos "Latinos", os músicos (compositores, regentes, instrumentistas) clássicos e modernos brasileiros que ainda não tem perfil no Geni.
O que disse Lúcia Pilla
Agora a ortografia...
Estive por acaso conversando sobre isso com a Carla Assenheimer alguns dias atrás. Dizia a ela que existe uma coisa chamada Convenção de Nomenclatura, que foi discutida e deliberada entre os curadores há algum tempo atrás. Esta convenção pretende dar diretrizes para resolver conflitos entre preferências de um e outro editor quando perfis são mesclados. Exemplo: CAIXA ALTA ou Caixa Baixa? Se não se tem uma diretriz, corre-se o risco de 2 editores ficarem travando uma guerra de edições para manter na marra a sua preferência...
Está aqui: http://wiki.geni.com/index.php/Naming_Conventions
Mas tem algumas coisas que a gente deveria adaptar para o nosso caso. Como ainda não temos muito interlocutores, fica complicado desencadear um debate sobre isso. Para ter legitimidade precisávamos ser mais pessoas engajadas.
Exemplo: a convenção diz que os nomes devem respeitar a grafia da época em que as pessoas estavam vivas. Para nós, lusófonos, isto é absolutamente impossível de respeitar, por duas razões. A primeira é que existe um acordo ortográfico entre os países falantes do português em que o nome de uma pessoa que já morreu deve ser grafado segundo a ortografia vigente, fazendo com que grande parte da informação disponível esteja assim, como é o caso do Geneall. A segunda é que se recuarmos um tempo grande nem nós mesmos conseguiríamos reconhecer certos nomes (p. ex. Sousa já foi Souza e antes Soufa, um exemplo leve) e também teríamos uma dificuldade imensa de descobrir qual a grafia adequada para cada época.
Não é a toa que 99% dos perfis portugueses/brasileiros estão grafados na ortografia correta atual. Será que queremos enfrentar o desafio de mudar tudo isso e ainda correr o risco de novas levas de perfis serem inseridos sem que se identifique a duplicação, por conta da diferença na grafia?
Aguardo opiniões...
Concordo inteiramente com o Marcos Arruda Raposo. Há casos notórios em que a grafia original foi preservada e fica irreconhecível atualizar. Talvez eu tenha me feito entender mal. O que eu não gostaria de ver é a situação oposta: as pessoas corrigindo milhares de perfis que estão na ortografia atual para uma suposta ortografia de época que ninguém tem bem certeza qual é.
Com relação a determinados acentos eu mesma também não os uso, quando o português do Brasil colide com o de Portugal, como é o caso dos Antónios e Antônios. Há muitos perfis que não sabemos se são de lá ou de cá... :-)
Também concordo com Marcos. Há que se preservar ao máximo o nome original, desde que seja legível.
Volta a uma questão acima:
1 - Quando não há perfil no Geni de uma pessoa citada, os projetos estrangeiros usam os dados do wikipédia, com a observação entre parênteses (temporary);
2 - Muitos projetos não listam na página os perfis, eles somente adicionam os perfis ao projeto. O que, na minha humilde opinião, cria um obstáculo ao pesquisador que necessita procurar nos perfis adicionados a pessoa que ele quer encontrar. Isto não acontece nos projetos brasileiros. Isto é comum nos Projetos do Geni? Ou isto pode acontecer?
Carla, Em relação a estas questões, não as vejo exatamente como um assunto para este tópico. (1) Penso que alguém teve a idéia de deixar um link para a wikipédia quando não há ainda perfil no Geni. É uma idéia. Quem achar legal pode adotá-la. Não há porque padronizar isto em projetos. Quanto a (2), da mesma forma, no primeiro projeto que trabalhei no Geni, logo que eles foram criados, tive esta idéia - de listá-los na página, com link e descrição. Mas também não há regra nem acho que deva ter.
Vi muitos" Roiz" em registros de batismos. Os padres abreviavam, o que dificulta muitas vezes ,tornando até ilegível. Com o tempo , está ficando mais fácil , ou melhor , menos difícil. Tendo esse tipo de documento, acho que devemos preservar como está nos documentos . Quando se trata de "nomes" nunca se sabe, porque as pessoas criam um pouco nesse momento. Meu cunhado , com suas pesquisas, achou Peçanhas e Pessanhas . Eu vi Velloso, Vellozo, Veloso , todos em documentos de familiares próximos. Estava colocando conforme o documento .
Nívea se fizeram isso com os sobrenomes portugueses e espanhóis...imagine o estrago nos sobrenomes alemães, holandeses, russos, poloneses (esses são impagáveis de se ler)....
Agora existe algo, ou inexiste algo, na legislação brasileira, com relação a registros de nascimento, que é interessante que todos saibam.
Nós podemos registrar nossos filhos com o nome e sobrenome que quisermos, com exceção de "Um Dois de Oliveira Quatro".
Eu posso registrar um filho com o nome Joaquim José da Silva Xavier, e simplesmente ignorar o meu pra lá de complicado Assenheimer. Usar o sobrenome do pai (ou da mãe no final, como os espanhóis) é tradição e não norma legal.
Conheço algumas famílias que não tiveram descendentes masculinos em que os netos foram registrados com o sobrenome do avô materno, para que não se perdesse a continuação dela.
Nivea Nunes Dias, eu entendo o que você quer dizer. Acontece que no Geni, a partir de um determinado ponto os perfis históricos da tua árvore passam a ser compartilhados com os das árvores de outras pessoas, certo?
A Convenção de Nomenclatura tem que ser pensada como uma regra, aprovada pela maioria de nós, que possa ser invocada quando nos depararmos com alguém alterando os perfis de um padrão para outro (seja qual for). Suponha uma situação em que você, achando que deve ser ReZende e SouZa, gaste um longo tempo trocando a ortografia dos perfis que eu introduzi. Se não houver um acordo prévio, eu posso me sentir no direito de gastar mais um monte de tempo para voltar a grafia para ReSende e SouSa e aí você vai querer trocar de novo e... isso se chama Guerra de Edições! Eu e você gastando um monte de tempo para tentar prevalecer a opinião de cada uma e o Geni ganhando nada com isso.
Espero que tenha ficado claro que eu carreguei nas tintas no exemplo... :-)
Claro, Lucia, não é nada racional mudar os perfis.
Mas , quando estou pesquisamdo, e coloco um novo perfil, penso que devo respeitar conforme documento. E percebo que muitas vezes está diferente , nas fusões. Não tenho modificado nada nas fusões, estava esperando esse assunto vir a tona .
Quando digo documento, falo de registros de batismo , casamentos etc
1) você percebe que "preservar a ortografia original da época" significa escrever <<Pero uaaz de camjnha>> para Pedro Vaz de Caminha?
2) os campos "nome" e "sobrenome" são campos de banco de dados, utilizados em pesquisas e especialmente na busca de perfis duplicados; portanto, colocar a atualização entre parênteses só poderia ser feito em um campo diferente (como o do nome do meio) pois:
a) Nome: Pero (Pedro) Sobrenome: uaaz de camjnha (Vaz de Caminha) -- não seria percebido como semelhante a Pedro Vaz de Caminha nem a Pero uaaz de camjnha;
b) Nome: Pero Sobrenome: uaaz de camjnha Nome do meio: (Pedro Vaz de Caminha) -- seria percebido como semelhante apenas a Pero uaaz de camjnha; ou seja, você ou qualquer pessoa, usuário do Geni ou do Google search, somente encontrariam este perfil se digitassem na busca esta grafia original.
Desculpe a intromissão.
Coloquei o nome de minha bisavó holandesa com o Nome Hilka (Heiltje) - Sobrenome: Van Helden. Se eu não colocar o Heiltje, que é seu nome de batismo, e é o que consta de todos os sites holandeses de genealogia, ela nunca será encontrada pelos parentes holandeses.
E assim eu fiz com todos os irmãos e pais dela.
kkkkkkkk, é porque nossa experiência, nossos "ratinhos de laboratório" são eles. É por onde todos começamos. E agora estamos nos deparando com problemas maiores.
Com minha bisavó pude fazer aquilo que achei melhor, mas quebrei minha cabeça até chegar aí. São as experiências domésticas que trazemos à tona para decidir sobre os problemos agora ditos históricos.
Com certeza aprendemos com a experiência no Geni. Agora temos que aprender , pensar maior, em todos que participam ou pesquisam .É uma grande responsabilidade , nesse "grande banco de dados " que deve permitir sua exploração.
Acho que a Lucia tem razão , na hora de pesquisas, complicaria muito. Por outro lado , modificar " o original" seria interferir . Acredito na importância histórica das grafias originais.
Como colocar as variantes? Em algum lugar deveria ser colocado o "original" , até mesmo por respeito a história.
Sem querer ser chato e já sendo: a historiografia oficial também muda o nome das personalidades históricas. Exemplos recentes: Airton Sena, em vez de Ayrton Senna; Emílio Medici, em vez de Emílio Medice, que é como ele sempre constou do almanaque do Exército. San Martin não se assinava San Martín? No Brasil imperial, Leopoldina de Habsburgo ou Leopoldine von Habsburg? Maria Graham ou Mary Graham? E o nosso Conde d'Eu, Gastão de Orleans, não era Gaston d'Orléans? Os netos dele que se criaram na França são Bragança ou Bragance? :-))